Paraiso

                          

                                                             

Aqueles que já chegaram á meta: o paraíso


Maroquinha Pinheiro




Ceição,

            


 Foi este exemplo de serviço concreto de amor ao próximo. Tudo que precisava ela já estava a caminho para comprar (Moram distante da rua).

 Ajudava nos trabalhos de casa e quem chegava à casa de Maria era ela que logo ia fazer o cafezinho.

Estava sempre sorrindo e nunca se queixava de nada. Passava despercebido os seus incômodos, pois, nunca ia ao médico e preocupava-se apenas com a mãe Maria, a irmã Francisquinha que está também com a saúde frágil. E com os sobrinhos que moram com ela.

           Seu coração estava aberto apenas para o outro, para servir sem pensar em si mesma. O que o outro precisava não media esforços extraordinários para fazer aquela pessoa feliz:

Um dos seus sobrinhos mesmo sendo alcóolatra, o seu maior sonho era possuir uma moto. Mesmo arriscando e sabendo o perigo ela não esperou o tempo em servir. Comprou uma moto para ele. E o quanto ele já melhorou após este presente, pois, se sentiu alguém, valorizado.

               Durante os três meses da pequena reforma que estive aí sentia os seus passos vagarosos e percebi que ao sentar-se ela curvava-se como se tivesse dores. Estava sempre servindo a todos com água, cafezinho, lanche e aquele maravilhoso sorriso.

            Ela estava bem magra e achei que era devido ás caminhadas que fazia sempre para a cidade,  para servir aos de casa. Não imaginávamos que ela já estivesse com um câncer bem avançado que ultimamente em semanas invadiu a lhe impediu de andar.

          Ceição partiu hoje para o paraíso, serenamente sem querer passar para sua mãe e a mana os ecos de suas dores fortes e dilacerantes como verdadeira santa para amar os seus.

        O “Amor de Deus” trouxe Para Maria e a Fransquinha o filho, Osvaldo, que estava de férias neste período. Presença que conforta nestes dias em que sua doença se intensificou mais.

        O carinho maior de Deus para Ceição foi não deixar que ela ficasse a sofrer muito.

          Algo lindo na vida de Ceição era a sua forma de escutar o outro. Vivia só para o outro. Interessava-se só por a gente sem está a falar nunca de si mesma. Era como se ela não existisse. Esta é a verdadeira pureza de uma alma... ”Felizes os puros de coração porque deles é o reúno dos céus”.

          Seu amor e dedicação também pelas crianças. Só quem presenciou!

          Ela sabia confortar na hora que chorava e saia a passear deixando-as livres e seguindo apenas com o seu cuidado e olhar carinhoso.

            A nossa gratidão a todos que estiveram nestes dias ao lado da família para servir e para confortar.

          Nossa Senhora a quem Ceição quando mais jovem, não perdia nunca uma novena, Certamente a acolheu junto ao Pai e proporcionará a cada um e a ela muita alegria e felicidade que são as qualidades mais belas, que recebem os filhos de Deus que nesta terra vivem para servir e amar.

                                         Conceição Pinheiro




  Música que mamãe cantava com as crianças,  na Igreja de Paraná-RN.



                     
                               Do Youtube


 

Hinos que fazem parte da cultura religiosa da cidade do Paraná-RN,da história da nossa Igreja do Perpétuo Socorro.


Músicas cantadas na Igreja de Paraná-RN no tempo da minha mãe Maroquinha Pinheiro.


 

A misericórdia da mãe de Jesus